Nossa história

No dia 25/05/2013, postei a minha história em três partes. Vou recontá-la aqui, resumidamente, para vocês saberem como começou o Mamãe em choque.


Aos 21 anos, meu namoro de 2 anos e meio terminou de uma forma arrasadora (para mim) e inesperadamente, pois íamos viajar na mesma semana. Foi muito difícil aceitar, no começo tentei voltar diversas vezes, mas sempre era recebida com um NÃO de prontidão. A situação foi mais complicada ainda pelo fato de estudarmos na mesma sala da faculdade... Enfim, sofri muito, chorei muito, me desgastei muito... Mas como dizem, depois da tempestade vem a calmaria. 

Foi aí que 2 meses depois reencontrei alguém do meu passado, e fez minha vida ter um sentido - naquele momento. Tudo estava perfeito quando minha menstruação atrasou pelo segundo mês consecutivo. Fiquei preocupada, afinal, no mês anterior havia feito um teste de farmácia e tinha dado negativo. Dia 13 de Maio resolvi comprar outro teste, mas desta vez comprei dois, um de cada marca. Corri para o banheiro do serviço e fiz o teste, em ambos apareceram as duas tirinhas significando minha gravidez. Não era possível, já entrei em choque... A primeira coisa que fiz foi ligar para minha mãe pedindo que fosse me buscar, disse que não estava me sentindo bem. Quando eu entrei no carro, pedi para ela encostar o carro e já logo contei. E a primeira coisa que eu disse foi: "Estou grávida e eu não quero esse filho". "

Estava convicta, com a minha opinião formada. A única coisa que minha mãe disse foi: "Eu já sabia...". Afinal, mãe tem aquela percepção fora do normal. Ela me levou a uma amiga dela para que eu me acalmasse, e para que eu ouvisse algumas coisas. A Bete é pastora e amiga da minha mãe desde que eu era criança, cresci com ela por perto. Ela leu o Salmo 130 para mim, e disse: "Agora você está em paz?". Respondi: "Não. Só vou ficar em paz quando eu fizer o exame e souber de quem é o filho. Não pode ser do meu ex...". E foi aí que ela me disse uma coisa muito sábia e que depois não saiu mais da minha cabeça: "Você tem que se acalmar e entender uma coisa. Não importa de quem é o filho, ELE É SEU!"

Saímos de lá e consegui marcar ultrassom no mesmo dia. Minha mãe não pôde ir comigo então fui sozinha. Entrei na sala, e me preparei para fazer o exame (ultrassom transvaginal). Assim que o médico começou o procedimento e já viu algo, ele logo me falou: "E você não sabia que você estava grávida, minha filha? Olha o tamanho deste garotão, você já está de 13 semanas." Ele falou mais algumas palavras, mas a única coisa que se repetia na minha cabeça era "13 semanas... 13 semanas...". Ou seja, o filho é do meu ex... Assim que vi o bebê, ali naquela tela em minha frente, e ouvi seu coraçãozinho batendo, não conseguia mais pensar que não o queria; afinal, ele já estava lá, todo formadinho, não teria coragem de mais nenhuma das loucuras que mais cedo havia passado pela minha cabeça (confesso).

A única coisa em que eu conseguia pensar era no meu atual namorado. E resumindo: ele disse que ficaria comigo mesmo assim, mas dois dias depois não conseguiu e terminamos o relacionamento. Foi mais difícil ainda, passei por coisas que só eu sei. Não foi nada fácil. Mas a partir daí, me apeguei ao meu bebê, e foi nesse momento que comecei a amá-la com todas as minhas forças. Acho que só naquela hora havia caído a ficha de que - independente da situação - eu ia realizar o maior sonho da minha vida, o de ser mãe.

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Minha Manuela nasceu dia 08/11/2013, junto com um amor inexplicável. Só sei dizer que ela sim, é o verdadeiro amor da minha vida e a razão pela qual luto para cada dia me tornar uma pessoa melhor.